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Acha que nada acontece na Lua? Novas imagens da Lunar Reconnaissance Orbiter Camera mostram vistas espetaculares da famosa Cratera Tsiolkovskiy, e um olhar de perto revela rochas que rolaram pelas encostas da cratera. Na imagem ampliada, abaixo, é fácil ver de onde vieram as pedras seguindo suas trilhas rolantes e saltitantes. De qualquer forma, não são pequenas rochas: a maior rocha nesta imagem tem cerca de 40 metros de largura - metade do tamanho de um campo de futebol! Ver de onde os pedregulhos se originaram é uma ótima pista para os geólogos reconstruirem a geologia local. O que eles veem aqui?
A Cratera de Tsiolkvoskiy tem 185 km de diâmetro e é um ótimo exemplo de cratera de impacto complexa. Possui uma borda em socalcos, um pico central e um piso inundado de basaltos de égua. Eventos de impacto liberam enormes quantidades de energia e resultam em mudanças muito dinâmicas na paisagem local. Logo após o impacto inicial, o pico central foi elevado da rocha inferior da crosta, formando uma montanha gigante no meio da cratera. É aí que as pedras rolam pelas encostas, enquanto pedaços da rocha elevada rolam e se acumulam na base da encosta.
Essa é uma maneira fácil para os exploradores encontrarem amostras dos picos centrais sem precisar subir no topo. Os astronautas da Apollo 17 usaram essa estratégia como uma maneira fácil de experimentar topos de montanhas próximos sem ter que vestir nenhum equipamento de escalada!
Clique na imagem para uma versão maior “Zoomifiable”.
A área escura no canto inferior direito é a ponta de uma enorme sombra projetada pelo pico central. Role para o norte na imagem completa e você encontrará o contato onde as lavas formadas mais tarde se reuniram na base do pico. Embora o pico central tenha se formado antes da égua, ele tem menos crateras devido à sua inclinação íngreme, que tende a cair e deslizar apagando pequenas crateras. Nesse caso, é uma aparente violação da regra de que superfícies mais antigas têm mais crateras!
Clique aqui para ver uma vista agradável da Tsiolkovskiy Crater tomada pelas missões Apollo.
Fonte: Jornal LROC