Os seres humanos estão crescendo nos picos de crânio dos smartphones? Estudo que fez a reivindicação sob fogo.

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Nota do editor: em 18 de setembro, os autores desta pesquisa sobre "espigões de crânio" publicaram correções em seu estudo na revista Scientific Reports. Leia mais sobre eles no site da revista.

A revista que publicou o chamado estudo "spike skull" agora está dando uma segunda olhada na pesquisa realizada.

Os dois autores do estudo de 2018 propuseram que os estranhos "espigões de caveira" presentes na base do crânio de algumas pessoas podem estar relacionados aos ângulos estranhos em que essas pessoas dobraram o pescoço para olhar para dispositivos inteligentes, como os iPhones.

Mas perguntas sobre partes do estudo levaram a revista Scientific Reports, publicada pela Nature Research, a reexaminar as técnicas e conclusões do estudo.

"Quando qualquer preocupação é levantada com a Scientific Reports sobre artigos que publicamos, nós a investigamos cuidadosamente seguindo procedimentos estabelecidos", disse um porta-voz da Scientific Reports à Live Science por e-mail. "Estamos analisando questões relacionadas a este documento e tomaremos medidas quando apropriado."

No estudo - que incluiu 1.200 pessoas com idades entre 18 e 86 anos - os pesquisadores relataram que picos ósseos na base do crânio eram mais prevalentes em pessoas mais jovens, especialmente homens na faixa etária de 18 a 30 anos, do que em pessoas mais velhas. Esses picos são conhecidos como protuberância occipital externa aumentada, ou EEOPs.

No entanto, comentaristas da Internet levantaram vários problemas em potencial com o estudo. (A pesquisa não encontrou uma relação direta de causa e efeito entre esses picos e o uso de dispositivos inteligentes, mas, infelizmente, alguns meios de comunicação disseram que sim. Alguma cobertura até os chamou de "buzinas".)

Nsikan Akpan, produtor de ciência digital da PBS NewsHour, pediu a especialistas e até pessoas do Twitter para ajudá-lo a identificar problemas com o estudo. Aqui estão alguns problemas que eles descreveram:

  • Os pesquisadores não mediram o uso de dispositivos inteligentes, por isso é impossível saber quanto tempo os participantes passaram debruçados sobre telas brilhantes.
  • O estudo não se aplica à população em geral, pois não foi uma amostra aleatória de pessoas, mas sim a pessoas que pediram aos quiropráticos que resolvessem problemas leves.
  • O estudo da Scientific Reports afirma que "os autores declaram não ter interesses concorrentes", mas na semana passada o Quartz relatou que o primeiro autor do estudo, David Shahar, um cientista da saúde da Universidade da Costa do Sol, na Austrália, vende travesseiros de postura on-line.
  • O estudo diz que os homens são mais propensos do que as mulheres a ter esses picos de crânio, mas seus dados reais sugerem o contrário.
  • Existem falhas na análise que os pesquisadores usaram para sugerir que a geração do milênio tendia a ter mais picos de crânio do que os idosos.

A Live Science continuará acompanhando essa história, portanto, fique atento.

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